Ensaio Geral: revolução de 1905 - Revolução Russa - Resumo

Ensaio Geral: revolução de 1905 - Revolução Russa - Resumo


A primeira chance de se fazer uma revolução se deu em 1905. Um ano antes, a Rússia

tinha declarado guerra contra o Japão. Os dois países disputavam o controle de algumas áreas banhadas pelo oceano Pacífico. Nessa guerra, o Japão mostrou que já era um país imperialista capaz de derrotar um europeu. A Rússia, porém, mostrou o quanto era fraca.
Ensaio Geral 1905 revolução russa
No Domingo Sangrento,
 o povo russo
percebeu a verdadeira
 face do tzarismo: 
a violência a serviço dos ricos.
A guerra aumentou as dificuldades do povo russo. Entretanto, por incrível que pareça  uma grande parcela das pessoas mais humildes acreditava que o tzar Nicolau II era um homem bom e preocupado com os pobres  Por que, então, os pobres sofriam tanto? "Porque o tzar não sabe como nós vivemos  Precisamos informá-lo. No dia em que ele souber de nossas dificuldades, temos certeza de que fará algo a nosso favor", diziam as pessoas. Chegavam ao cúmulo de chamar o tzar de "Paizinho". Como se o tzar nada tivesse a ver com os privilégios da burguesia e da nobreza!
Em janeiro de 1905, milhares de pessoas se juntaram numa passeata. Uma passeata pacífica, liderada por um padre. Velhinhas, mães carregando crianças no colo, operárias curvados pelo tempo, retratos enormes de Nicolau II. Cantavam hinos cristãos e desejavam saúde ao tzar.
O tzar nem quis saber o motivo daquela manifestação. O povo não podia realizar aquele tipo de ato sem sua autorização! Os cossacos, a guarda pessoal do imperador,

postaram-se na frente do palácio de inverno e abriram fogo sobre a multidão. Nesse Domingo Sangrento, de janeiro de 1905, as tropas massacraram mais de mil pessoas.
Uma onda de indignação varreu a Rússia. Em todo o país houve levantes. Operários fizeram greve e foram para as mas protestar. Na marinha de guerra, os marujos expulsaram os comandantes e assumiram o controle dos navios, colocando-os a serviço da revolução.
Todo o país exigia direitos democráticos, liberdade para a imprensa, liberdade para os partidas políticos e eleições para a Duma (Parlamento). "Que a Rússia tenha uma Constituição democrática!"
No começo, o tzar foi obrigado a recuar. Prometeu que haveria eleições para a Duma e concedeu algumas liberdades. Mas, em silêncio, preparou o contra-ataque. Com as tropas que voltavam da guerra no Oriente, e que portanto ainda não estavam contaminadas com as idéias de rebeldia, atacou de surpresa os revolucionários. Assim  a maioria dos bolcheviques e mencheviques foram mortos ou presas. Uns poucos fugiram para o exílio na Europa Ocidental. O resultado foi que, em 1907, a revolução tinha naufragado. O tzar permanecia no seu trono, mais sólido que nunca. Parecia invencível.
Muitos opositores também tiveram essa impressão. Ficaram deprimidos, achando que sempre seriam derrotados. Lênin, porém  o principal dirigente bolchevique, avaliou de forma diferente. Percebeu que a consciência do povo russo tinha vindo radicalmente  Antes, o tzar Nicolau II era apelidado carinhosamente de "Paizinho", mas agora o povo russo o xingava de "O Sanguinário . Ele já não enganava mais ninguém. Os trabalhadores russos tinham percebido quem era o grande inimigo a derrotar. Mas, para fazer a coisa certa, era preciso treinar. A revolução fracassada de 1905 tinha sido esse treino. Por isso Lênin a chamou de Ensaio Geral. Pode-se aprender muito com as derrotas  Os bolcheviques aprenderam.

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