América Latina no século XIX


Muitas características da época colonial foram mantidas na ex-América espanhola. Por exemplo, o domínio dos latifundiários, a forte presença dos comerciantes ingleses e a situação humilhante dos descendentes de ín­dios. A disputa entre os caudilhos (chefes militares e políticos autoritários) provocou grande instabilidade política, porque cada governante chegava ao poder à força (por meio de um golpe) e pouco depois era der­rubado da mesma maneira.
No México, os conflitos entre os caudi­lhos conservadores e liberais dilaceraram o país por muitos anos. De 1846 a 1848, o Mé­xico travou guerra contra os EUA e perdeu um imenso território. Incapaz de pagar sua dívida externa, o México foi invadido por tropas francesas e teve de aceitar um impe­rador estrangeiro, o austríaco Maximiliano. A revolta popular derrubou Maximiliano (que foi fuzilado em 1867), mas o país voltou a mergulhar na instabilidade. A partir de 1876, o ditador Porfírio Díaz assumiu a presidên­cia. Governou durante muitos anos e iniciou um plano de modernização econômica que prejudicou os camponeses. (Vamos estudar isso em detalhes no capítulo 6).
Na Argentina, a disputa en­tre os unitaristas (favoráveis ao domínio de Buenos Aires) e os federalistas (que queriam au­tonomia para as províncias do interior) durou décadas. So­mente com o presidente Mitre (1821-1906), Buenos Aires fir­mou seu domínio. Nas últimas décadas do século XIX, o país viveu um fabuloso desenvolvi­mento. Tornou-se um dos maiores exportadores mun­diais de trigo, carne e lã. Vie­ram muitos imigrantes euro­peus (italianos e espanhóis). Os ingleses investiram em fer­rovias, frigoríficos e serviços urbanos. A Argentina se tor­nou o mais rico país da Amé­rica Latina.

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